Amante dos livros e da literatura, escrever sempre foi a grande paixão de um pernambucano tímido, casado, pai de dois filhos. Autodidata, descobriu sua habilidade para escrita na década de 80 e, aos poucos, foi lapidando sua verdadeira vocação. Mas em meio ao caos do início da pandemia da Covid-19 em 2020, Felix Barros resolveu tornar públicos seus manuscritos, nos quais poemas em forma de crônicas, desabafos e opiniões passaram a ser registrados em um diário como autoavaliação.
No segundo semestre de 2021, o escritor lançará seu primeiro livro solo, intitulado Pandemínio - observatório poético da pandemia, poemas à flor da pele - através da Editora Ser Poeta - na XIII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que acontece de 1º a 12 de outubro, em sua forma presencial, no Pavilhão de Feiras do Centro de Convenções de Pernambuco.
O livro é uma espécie de retalhos de um tempo em convulsão, reafirmando conceitos e rebatendo concepções que parecem ter origem em comportamentos da Idade Média. Presenciamos, infelizmente, o racismo, a homofobia, o preconceito de classes, a violência gratuita, o preconceito contra o diálogo, contra as diferenças em geral. Além da destruição do meio ambiente e da falta de um espaço de análise para o futuro do homem e do planeta.
Dentro desse contexto, o livro apresenta um pouco da visão de mundo, na tentativa de contribuir para um futuro mais promissor para o planeta e para os seres que nele habitam.
“Estamos passando por um período no qual parecemos ter chegado ao fundo do poço como processo evolutivo da raça humana, como definição de rumos para um futuro melhor, como solidariedade entre os povos e as pessoas em geral. Então, a palavra se fez presente, buscando as referências na política, religiosidade (no bom sentido da palavra, sem dogmas), filosofia, conhecimento científico, na expansão do processo de diálogo para buscar respostas e avançar, evoluir. Sou uma cria da música e da literatura. Muito do que li veio de indicações de obras, citações de músicas e até de referências de filmes. Vieram os clássicos e, aos poucos, os mais modernos. Atualmente, tento ler alguma coisa que meus filhos leem e comentam. Também estou buscando outras veredas. Por exemplo, o universo dos quadrinhos, argentinos, brasileiros, europeus, japoneses”, diz o Coruja Autor.
O escritor Felix Barros dedica esse livro, fruto de uma trajetória longa, de mais de trinta anos, em que está sendo recuperado muito do que foi produzido, aos pais Jurandy e Penha, aos filhos Mateus e Bruno, à esposa Graça e ao irmão Fábio (in memoriam).
Texto: Koanna K. Pontes
Correção ortográfica: Ludmila Crusoé
Imagens: editora Ser Poeta